agosto 27, 2003

The Lurker ainda no Rio (ou de onde menos se espera...)

Saindo da Casa da Ciência, local onde se realizava o seminário, entrei no shopping Rio sul e vi de relance uma pessoa que acreditei ser uma velha amiga, colega de universidade (uma pessoa simpática apesar de louca). Vinha em sentido contrário falando com um cavalheiro de, talvez, seus 40 em alguns anos. Expressava-se em francês, o que conhecendo-a não era necessariamente de se estranhar: filha de diplomata e tendo vivido no exterior nada mais razoável do que falasse um outro idioma. Não seria nem mesmo de se estranhar que tivesse aprendido árabe, dado que morou no Egito.

O tom da conversa não parecia necessariamente o mais tranqüilo. Isso também não é de se estranhar tendo em vista que o seu temperamento nunca foi muito calmo. Tive vontade de me aproximar e falar-lhe. Contudo o assunto parecia sério e achei melhor deixar passar. A curiosidade porém não me abandonou: o que fazia minha amiga falando com o francês? E porque estaria tão aborrecida (se é que estava aborrecida)?

Novamente vamos recorrer às maravilhas da tecnologia. Uma rápida busca na Internet mostra que ela se casou no início deste ano ou no final do passado, com um cavalheiro francês. Não tenho a menor idéia se seria aquele mas, com efeito, é uma possibilidade. No fim das contas achei o episódio bastante engraçado. Faz lembrar de outro encontro, absolutamente impensável, que tive com um amigo de muitos anos numa noite no aeroporto de Guarulhos, antes de uma viagem a NY. Quem poderia imaginar encontrar pessoas conhecidas em circunstâncias tão inesperadas?

The Lurker says: "I am not young enough to know everything." -- Oscar Wilde

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